LÍNGUA - VIDAS EM PORTUGUÊS: RELATOS.

 Olá, seja muitíssimo bem vindo (a) ao meu blog pessoal.

Hoje, trarei aqui, os relatos de alguns usuários da língua portuguesa, encontrados no documentário "Língua - Vidas em Português".

======================================

A) Rosário Macário: Goa é uma grande aldeia, e Fontainhas era uma ilha. Meu pai e mãe falavam o português, e depois eu o estudei quando fui à escola. As pessoas que falavam em português aqui em Goa, talvez tenham falecido, talvez até mesmo os professores... mesmo assim, eu nunca esqueci o português.

B) Mia Couto: Eu acho que a língua portuguesa é hoje, talvez, uma das línguas européias com maior vivacidade, dinamismo. A língua passou a ser gerida por outros mecanismos de cultura, que tornam o português hoje realmente uma língua que aceita muito.

C) José Saramago: A linguagem passou com certeza, digamos, de um estado rudimentar e pouco a pouco vai se tornando mais complexa. Vai sendo capaz de exprimir sentimentos, emoções. O que significa que quanto mais palavras conhecermos, mais somos capazes de dizer o que pensamos e o que sentimos.

D) Márcio Freitas: Às vezes, queria até você levar de bala mas, infelizmente, o seu bolso está naquela dependência. Mas não fique triste, o pagamento é hoje, e mais tarde, se Deus quiser, nos encontraremos por aí.

E) Rogério Gomes: Eu agradeço a Roseane, porque ela que me tirou do fundo da lama. Então não tive outra escolha, eu tive de escolher: ou ela ou a maldita da maconha e do pó. Eu falei, vou escolher minha Rosa.

F) Mario Miranda: Antes dos portugueses virem para aqui, já existia esta aldeia. Era uma aldeia Hindu. Nós fomos depois introduzidos pelo cristianismo, e depois recebeu o nome Miranda.

G) D. Rosa Costa Dias: eu penso em português.

H) Emiliano da Cruz: Desde bebê, pequenino, eu ouvi música portuguesa, porque a emissora de Goa dava tudo de português, no tempo de Salazar só se ouvia português, nada de Índia.

I) Alfredo Quembo: Minha mãe, logo irá ficar velha e meu pai também, logo eles estarão em casa, sentados. E eu sou um jovem, eu tenho dar-los a mão direita, devo lutar como um homem, lutar pra ganhar. Tenho vontade de "dar o fora" dessa cidade, com ajuda dos meus estudos ou por pura sorte, não sei...

J) Fátima Embaló: Quando entrei neste centro, não havia ninguém, foi o único sítio que eu encontrei em Lisboa para alugar uma loja. Depois de um ano, vieram mais africanos e logo após surgiram os indianos e agora vieram os chineses. E cá estamos, vivendo em harmonia.

K) Dai Shaori e Liandi Xu: Eu gosto de português. Eu acho que os portugueses tem um gosto humano e são muito simpáticos.

L) Naoki Ikawa: Falar português é lembrar de sua terra natal. Eu acho que o mais importante é isso, não esquecer a nossa própria língua.

M) Módi Sucá: Nos é ensinando que: a mulher deve servir o homem, mas nunca adorar o homem como adora o Alà.

N) Jack Almeida e Mussa Conselho: Eu ouvia dizer que existia guerra, existia mina, existia muita coisa por aí. Eu consultei o oráculo uma vez, perguntei se poderia seguir a carreira de armas. Então o oráculo respondeu-me que, nasci pra enfrentar o perigo, a vida militar vai me preparar para a guerra.

O) Teresa Salgueiro e Pedro Ayres: O Brasil é um país multicultural, é enorme, e existem tradições de culturas muito diferentes de Norte à Sul. Portugal também é assim, mas é pequeno. Embora falemos a mesma língua, ela não é falada da mesma maneira. Penso que, quando conversamos podemos sentir a aproximação e ao mesmo tempo as distintas maneiras de ser.

No Brasil, penso que, os portugueses encontraram um Portugal, e constroem uma civilização praticamente impossível.

P) João Ubaldo Ribeiro: o português, tá evoluindo muito, e se tornou uma língua muito diversa. O boteco carioca, eu acho mais rico que qualquer similar nacional ou estrangeiro.

Q) Mahonar Saardessai: Mesmo tendo nascido na Índia, nós fomos educados em português, com o ensino de que Portugal é nossa pátria. Nos livros de escola, existia uma linha que dizia: "sou português, porque o ar que respiro é português".

R) Dilo Monteiro e Jardel Vieira: Os valores vão se perdendo, as indentidades, as culturas, porque há uma mistura, uma globalização, há uma mistura de pessoas.

Fala-se hoje, em globalização e em multiculturalismo na Europa, mas é bom que não esqueçamos que nas ex-colônias já há mestiçagem e já houve há muito tempo.

======================================

Cada um desses relatos, são de usuários da língua portuguesa. Mesmo estando à quilômetros de distância, cada um deles estão ligados pela mesma língua.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL